Homofóbico Spin
Aversão a homoafetivos
sábado, 15 de junho de 2019
sábado, 30 de junho de 2018
quarta-feira, 20 de junho de 2018
quarta-feira, 6 de junho de 2018
Resultados de enquetes sobre assassinar gays
Você é a favor de matar gays?
A maioria respondeu sim:
https://www.facebook.com/dialogoemoutrasletras/videos/1895597694037475/?hc_ref=ARSPm99oeh5OEtvMgs27ofKeXDzR9SwOS7y3ckSm76BsxuXQZT53IJhZs9Acqeu85gM
Se existisse um exame de DNA capaz de detectar que seu filho seria gay, você seria a favor do aborto?
Se são a favor de matar gays adultos, porque seria contra matá-los na fonte?
https://www.facebook.com/jesusbebado/photos/a.314480882069504.1073741828.313701605480765/683017661882489/?type=3&theater
segunda-feira, 23 de abril de 2018
Diário de classe
O filme Diario de Classe aborda três categorias sociais: empregadas domésticas, presidiárias e trans
Sobre preconceito contra trans na familia...homofobia...
"(...)
Já Tifany é, das três, a personagem mais fragilizada. Com imensa dificuldade ainda para aprender a ler, sofre com o preconceito e, apesar de viver em um abrigo, não parece ter encontrado seu lugar no mundo. A parede escrita reforça: "ela não é tímida, ela foi silenciada".
Necessário em sua reflexão, Diários de Classe é daqueles filmes que nos tira da zona de conforto. Grita a necessidade de atitude urgente e nos deixa com um nó na garganta em diversos momentos. Um trabalho que vem coroar o bom trabalho da dupla de diretores ligada à educação e questões sociais como o projeto Lanterninha.
Filme visto no XIII Panorama Internacional Coisa de Cinema.
Saiba mais,
https://www.cinepipocacult.com.br/2017/11/diarios-de-classe.html
Sobre preconceito contra trans na familia...homofobia...
"(...)
Já Tifany é, das três, a personagem mais fragilizada. Com imensa dificuldade ainda para aprender a ler, sofre com o preconceito e, apesar de viver em um abrigo, não parece ter encontrado seu lugar no mundo. A parede escrita reforça: "ela não é tímida, ela foi silenciada".
Necessário em sua reflexão, Diários de Classe é daqueles filmes que nos tira da zona de conforto. Grita a necessidade de atitude urgente e nos deixa com um nó na garganta em diversos momentos. Um trabalho que vem coroar o bom trabalho da dupla de diretores ligada à educação e questões sociais como o projeto Lanterninha.
Filme visto no XIII Panorama Internacional Coisa de Cinema.
Saiba mais,
https://www.cinepipocacult.com.br/2017/11/diarios-de-classe.html
Comentários a filme francês que aborda a homofobia,
Este filme abordou a homofobia no meio da família e demais meios sociais
quarta-feira, 7 de março de 2018
20 coisas LGBTfóbicas que homens héteros falam sem perceber
"Eu não tenho nenhum problema com lésbicas, inclusive eu adoro vê-las se pegando".
segunda-feira, 13 de junho de 2016
O assassino da boite pulse em Orlando
,....sempre o macho, seja na hora de matar gltb, seja na hora de mutilar vaginas de meninas na Àfrica, seja na hora de matar crianças indígenas deficientes físicos ou mentais,,..o macho fraco desaba diante daquilo que foge da sua simetria...não aceita aquilo que foge do seu padrão de beleza, espiritualidade, sexualidade, política...parece que há uma crise de interlocução....eles desabafam com quem mesmo: somente com o próprio umbigo?
Aliás, um criminoso* deste tipo deveria adotar quem como seu interlocutor íntimo privado? Não havia ninguém com quem ele pudesse ter-se desabafado curado antes de matar? Quem poderia ter sido esse interlocutor? Um médico? Parece-me que sim. Um médico que pudesse lhe ter dado liberdade. Por isso na cidade spin o Poder Curador, de curar, substitui o nosso Poder Judiciário. Lá é mais importante curar que julgar. Precisamos de cura salvação. E nós, quem poderá ser nosso interlocutor?
* Criminoso ou doente, uma vez que na realidade spin não existe diferença entre doença e crime.
Segue últimas reportagens sobre o caso:
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Pastor Silas Malafaia manda fiéis agredirem gays no Brasil
O pastor Silas malafaia manda durante um programa evangélico, que fiéis da igreja católica deveria "meter o porrete" em homossexuais, somente pelo fato da parada gay ter brincado com imagens religiosas.
A palavra "Deus" está na boca deste imundos.
Por isso deletei.
Ou Integral Perfeito ou isto que chamamos de Deus, de onde se originam as leis da integralidade ou perfeição, que nada tem a ver com perfeccionismo de qualquer natureza tais como ideológico ou espiritual pois que tudo está submetido à retificação na direção do spin divino ou integral ou perfeito ou latente
"Antes de me organizar, tenho que me desorganizar internamente. Para experimentar o primeiro e passageiro estado primário de liberdade. Da liberdade de errar, cair e levantar-me.”
Clarice Lispector Na realidade spin ou D ou integral existe o Poder Curador no lugar disso que chamamos Poder Judiciário
Na realidade D é mais importante curar do que julgar
terça-feira, 28 de junho de 2011
Caso Myrian Rios: Desabafo de uma mãe
Autor: Graça Portela, via LNO
Pessoal,
A carta abaixo foi escrita por uma amiga e decidi publicar aqui, porque estou tão ferida com o pronunciamento da sra. Deputada Myrian Rios, que essa mensagem serviu como um desabafo no meio de tanta má fé e crueldade de uma pessoa supostamente religiosa. Graça
Deputada Miryam Rios,
Meu nome é Kharla Tavares e eu sou lésbica. Eu e minha companheira estamos juntas há 12 anos e há 5, adotamos (legalmente, pelas leis dos homens) uma menina. Somos uma família homoafetiva e a nossa filha é uma menina saudável, feliz, que estuda, brinca e tem uma vida regular, como qualquer criança. Ela tem ciência da realidade de sua família e nunca, nem por um segundo, omitimos a nossa relação e a adoção. A nossa vida é baseada em verdade.
Da mesma forma que a Sra. tem o direito de falar o que pensa, eu tenho o direito de dizer o que penso de (e para) pessoas homofóbicas como a Sra., afinal, eu voto, eu pago imposto, eu tenho os mesmos direitos e deveres que qualquer cidadão brasileiro. Por isso não dou a Sra., nem a outro homofóbico qualquer, o direito de me desrespeitar, de insinuar que homessexual é pedófilo. Como deputada (e mãe), a Sra. deveria pensar em suas palavras antes de usar o microfone público para expressar a sua particular opinião.
A Sra. se esconde atrás da religião e como todo religioso fervoroso, reza muito, fala muito e carrega muita culpa, imagino. Sim, a culpa católica persegue o rebanho, enquanto a pedofilia que todos nós sabemos e assistimos na tv, percorrem os corredores e cantos das igrejas.
Eu, como mãe, filha, trabalhadora, cidadã que cumpre seus deveres, brasileira e lésbica, não lhe dou o direito de insinuar inverdades sobre os homossexuais. Primeiro a Sra. deveria usar o seu discurso barato ao líderes das igrejas, porque molestar crianças indefesas, Sra. deputada, é crime, é feio, é vergonhoso, é baixo, é triste.Tenho certeza que minha filha vive em um lar de respeito, de honestidade, de verdade, onde ensinamos a ela o certo e o errado, o que siginifica mentira e verdade. Um lar, sim, um lar que a Sra. deve achar somente ser possível, se for constituído por um homem e por uma mulher.Queira a Sra. ou não, vivemos em um lar, o nosso lar. E a nossa maior preocupação em relação à educação de nossa filha é que ela se torne um adulto feliz, que saiba a diferença entre pessoas como a Sra. e pessoas que realmente lutam por um mundo mais pacífico e mais feliz, independente de seu credo, etnia, religião e partido político.
Para finalizar, quero apenas dizer que é medíocre um ser humano depender tanto de regras santas e se achar soberana, acima do bem e do mal. E de pessoas com esse teor de mediocridade, como o da Sra., eu quero distância e rezo (sim, eu também rezo, porque Deus é para todos, inclusive gays e lésbicas) para que jamais cheguem perto da minha filha.
Kharla Tavares
"Eu não me importo com o que os outros pensam sobre o que eu faço; mas eu me importo muito com o que eu penso sobre o que eu faço. Isso é caráter."
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/clone-de-desabafo-de-uma-mae
Pessoal,
A carta abaixo foi escrita por uma amiga e decidi publicar aqui, porque estou tão ferida com o pronunciamento da sra. Deputada Myrian Rios, que essa mensagem serviu como um desabafo no meio de tanta má fé e crueldade de uma pessoa supostamente religiosa. Graça
Deputada Miryam Rios,
Meu nome é Kharla Tavares e eu sou lésbica. Eu e minha companheira estamos juntas há 12 anos e há 5, adotamos (legalmente, pelas leis dos homens) uma menina. Somos uma família homoafetiva e a nossa filha é uma menina saudável, feliz, que estuda, brinca e tem uma vida regular, como qualquer criança. Ela tem ciência da realidade de sua família e nunca, nem por um segundo, omitimos a nossa relação e a adoção. A nossa vida é baseada em verdade.
Da mesma forma que a Sra. tem o direito de falar o que pensa, eu tenho o direito de dizer o que penso de (e para) pessoas homofóbicas como a Sra., afinal, eu voto, eu pago imposto, eu tenho os mesmos direitos e deveres que qualquer cidadão brasileiro. Por isso não dou a Sra., nem a outro homofóbico qualquer, o direito de me desrespeitar, de insinuar que homessexual é pedófilo. Como deputada (e mãe), a Sra. deveria pensar em suas palavras antes de usar o microfone público para expressar a sua particular opinião.
A Sra. se esconde atrás da religião e como todo religioso fervoroso, reza muito, fala muito e carrega muita culpa, imagino. Sim, a culpa católica persegue o rebanho, enquanto a pedofilia que todos nós sabemos e assistimos na tv, percorrem os corredores e cantos das igrejas.
Eu, como mãe, filha, trabalhadora, cidadã que cumpre seus deveres, brasileira e lésbica, não lhe dou o direito de insinuar inverdades sobre os homossexuais. Primeiro a Sra. deveria usar o seu discurso barato ao líderes das igrejas, porque molestar crianças indefesas, Sra. deputada, é crime, é feio, é vergonhoso, é baixo, é triste.Tenho certeza que minha filha vive em um lar de respeito, de honestidade, de verdade, onde ensinamos a ela o certo e o errado, o que siginifica mentira e verdade. Um lar, sim, um lar que a Sra. deve achar somente ser possível, se for constituído por um homem e por uma mulher.Queira a Sra. ou não, vivemos em um lar, o nosso lar. E a nossa maior preocupação em relação à educação de nossa filha é que ela se torne um adulto feliz, que saiba a diferença entre pessoas como a Sra. e pessoas que realmente lutam por um mundo mais pacífico e mais feliz, independente de seu credo, etnia, religião e partido político.
Para finalizar, quero apenas dizer que é medíocre um ser humano depender tanto de regras santas e se achar soberana, acima do bem e do mal. E de pessoas com esse teor de mediocridade, como o da Sra., eu quero distância e rezo (sim, eu também rezo, porque Deus é para todos, inclusive gays e lésbicas) para que jamais cheguem perto da minha filha.
Kharla Tavares
"Eu não me importo com o que os outros pensam sobre o que eu faço; mas eu me importo muito com o que eu penso sobre o que eu faço. Isso é caráter."
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/clone-de-desabafo-de-uma-mae
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Memória póstumas de Alan Mathison Turing
Por Fábio Henrique Viduani Martinez, no LNO
Oi Nassif,
Sou professor de Computação e esta onda bolsonaro-homofóbica é deprimente.
Escrevi um texto para meus alunos, que segue abaixo.
Saudações, parabéns pela sua página e obrigado pelo espaço.
Fábio
----------------------------------------------------------------------
Conhecimento, Intolerância e o Pai da Ciência da Computação
Nasci em Londres, em 23 de junho de 1912, numa família de classe média
alta. Minha infância foi tradicional, brinquei, estudei e tive os
cuidados de minha amável família. Minha mãe diz que cresci tímido,
temperamental - às vezes melancólico, outras vivaz - e muito fascinado
pelo conhecimento. Mas qual mãe não diria isso de seu filho?
Fui percorrendo minha adolescência sem muitos percalços, apenas
algumas descobertas. Percebi especialmente que gostava muito de um
rapaz amigo meu, Christopher Morcom, que veio a falecer em 1930. Puxa,
essa perda foi difícil para mim.
Como gostava muito de estudar, fui logo parar no King's College, na
Cambridge University. Matemática era muito divertido e eu gostava
>bastante de Lógica. Tanto que em 1936 foi publicado um trabalho com
minha definição de Computação e com os limites do que poderia ser
computável. Nós ainda não tínhamos esta máquina que hoje todos chamam
de computador, mas eu tinha impressão que não seria difícil
construí-la. Talvez então por esse trabalho, as pessoas têm dito por
aí que fundei a Ciência da Computação.
Fui convidado em seguida a trabalhar em Princeton, nos EUA. Foi um
período muito proveitoso, mas já em 1938 voltei para Londres,
sentia saudades da comida da minha mãe. Logo que cheguei, fui
recrutado em Bletchley Park, o quartel general das comunicações do
governo britânico. A Segunda Guerra Mundial tinha se tornado
realidade. Trabalhei ali de 1939 a 1945, onde fui responsável
especialmente pela decifragem dos códigos transmitidos pela máquina
Enigma da Alemanha nazista e tive contato com a mais moderna
tecnologia eletrônica da época. Até cheguei a construir um computador
depois disso, mas como ainda tinha de trabalhar em segredo, não
consegui rivalizar com os americanos e meus esforços não foram
reconhecidos.
Além da Lógica Matemática, da Criptologia e da Eletrônica, também
investiguei as conexões entre as capacidades de computação e do
cérebro. Por essas investigações, também fiquei conhecido como um dos
precursores da Inteligência Artificial.
Em 1948 mudei-me para Manchester e fui trabalhar na construção de
programas para computadores na Manchester University. Mas me mantive
um livre pensador, trabalhando ecleticamente em diversas áreas. Em
1950 escrevi um artigo que, todos dizem, construiu a fundamentação da
Inteligência Artificial. Em 1952, apliquei também a Matemática à
Biologia e obtive resultados interessantes em morfogênese. Eu estava
trabalhando muito, sentia-me bem e muito entusiasmado.
Mas um acontecimento me tomou de surpresa neste ano de 1952. Como já
lhes contei, eu tinha meus gostos, minhas inclinações sexuais, e
estava apaixonado por um rapaz aqui de Manchester. Nossa relação era
como de qualquer outro casal, andávamos nos parques da cidade de mãos
dadas, parávamos nos cafés e trocávamos carinhos, às vezes nos
detínhamos e nos beijávamos docemente. Nosso desejo se traduzia como o
de qualquer par apaixonado, em relações sexuais ternas e saudáveis. No
entanto, numa manhã de 1952, fui preso, acusado de comportamento
público impróprio, ou melhor, de atos de indecência nojenta, como me
disseram enquanto me arrastavam para fora de casa. Para evitar anos de
cadeia, aceitei um tratamento com hormônios femininos, isto é, uma
tentativa de castração química. Foi engraçado, o tratamento me fez
crescerem os seios. Fui demitido de alguns postos e já não podia mais
trabalhar com os segredos de Estado e com criptoanálise. Felizmente,
não conseguiram refrear meu comportamento libertário e continuei
estudando, pesquisando e me aventurando em outras áreas como a Física.
Antes de completar meus 42 anos, mais precisamente em 7 de junho de
1954, aconteceu o que eles esperavam. Fui morto, envenenado por
cianeto. Algumas pessoas têm dito que cometi suicídio, mas eu não me
importo, acho até que essa poderia ter sido a saída, porque aqueles
últimos anos foram um pouco difíceis para mim. Puxa, meus trabalhos
estavam indo tão bem, eu tinha tantas idéias.
Fico imaginando daqui do Além que, com um pouco de conhecimento, a
sociedade que me levou à morte poderia facilmente ter me poupado. É
fácil verificar, mesmo naquela época sem o Google, que não existem
relatos de civilizações que não façam referência ao
homossexualismo. Também, os trabalhos de Hamilton em 1914 e de Kempf
em 1917, entre outros, são ricos em apresentar interações homossexuais
entre as mais diversas espécies animais: ratos, coelhos, porcos-espinhos,
cães, gatos, cabritos, bois, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até
leões. É, talvez meu comportamento não seja assim tão antinatural como
queriam me fazer pensar o governo britânico, as autoridades religiosas e a
sociedade em geral. Com um pouco mais de lucidez e informação, talvez
com um kit anti-homofobia distribuído pelo Ministério da Educação da
Inglaterra aos estudantes do segundo grau - aqueles que seriam a próxima
geração pensante -, eu pudesse ter tido um pouco mais de vida e talvez
tivesse contribuído ainda mais com a Ciência. Por fim, ainda reflito sobre
quantas pessoas como eu ainda serão mortas até que o conhecimento
redima a raça humana. Espero que não muito mais, porque já se passaram
quase 60 anos da minha morte.
Com a esperança de nos vermos em breve, despeço-me.
Alan Mathison Turing
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/memoria-postumas-de-alan-mathison-turing
Oi Nassif,
Sou professor de Computação e esta onda bolsonaro-homofóbica é deprimente.
Escrevi um texto para meus alunos, que segue abaixo.
Saudações, parabéns pela sua página e obrigado pelo espaço.
Fábio
----------------------------------------------------------------------
Conhecimento, Intolerância e o Pai da Ciência da Computação
Nasci em Londres, em 23 de junho de 1912, numa família de classe média
alta. Minha infância foi tradicional, brinquei, estudei e tive os
cuidados de minha amável família. Minha mãe diz que cresci tímido,
temperamental - às vezes melancólico, outras vivaz - e muito fascinado
pelo conhecimento. Mas qual mãe não diria isso de seu filho?
Fui percorrendo minha adolescência sem muitos percalços, apenas
algumas descobertas. Percebi especialmente que gostava muito de um
rapaz amigo meu, Christopher Morcom, que veio a falecer em 1930. Puxa,
essa perda foi difícil para mim.
Como gostava muito de estudar, fui logo parar no King's College, na
Cambridge University. Matemática era muito divertido e eu gostava
>bastante de Lógica. Tanto que em 1936 foi publicado um trabalho com
minha definição de Computação e com os limites do que poderia ser
computável. Nós ainda não tínhamos esta máquina que hoje todos chamam
de computador, mas eu tinha impressão que não seria difícil
construí-la. Talvez então por esse trabalho, as pessoas têm dito por
aí que fundei a Ciência da Computação.
Fui convidado em seguida a trabalhar em Princeton, nos EUA. Foi um
período muito proveitoso, mas já em 1938 voltei para Londres,
sentia saudades da comida da minha mãe. Logo que cheguei, fui
recrutado em Bletchley Park, o quartel general das comunicações do
governo britânico. A Segunda Guerra Mundial tinha se tornado
realidade. Trabalhei ali de 1939 a 1945, onde fui responsável
especialmente pela decifragem dos códigos transmitidos pela máquina
Enigma da Alemanha nazista e tive contato com a mais moderna
tecnologia eletrônica da época. Até cheguei a construir um computador
depois disso, mas como ainda tinha de trabalhar em segredo, não
consegui rivalizar com os americanos e meus esforços não foram
reconhecidos.
Além da Lógica Matemática, da Criptologia e da Eletrônica, também
investiguei as conexões entre as capacidades de computação e do
cérebro. Por essas investigações, também fiquei conhecido como um dos
precursores da Inteligência Artificial.
Em 1948 mudei-me para Manchester e fui trabalhar na construção de
programas para computadores na Manchester University. Mas me mantive
um livre pensador, trabalhando ecleticamente em diversas áreas. Em
1950 escrevi um artigo que, todos dizem, construiu a fundamentação da
Inteligência Artificial. Em 1952, apliquei também a Matemática à
Biologia e obtive resultados interessantes em morfogênese. Eu estava
trabalhando muito, sentia-me bem e muito entusiasmado.
Mas um acontecimento me tomou de surpresa neste ano de 1952. Como já
lhes contei, eu tinha meus gostos, minhas inclinações sexuais, e
estava apaixonado por um rapaz aqui de Manchester. Nossa relação era
como de qualquer outro casal, andávamos nos parques da cidade de mãos
dadas, parávamos nos cafés e trocávamos carinhos, às vezes nos
detínhamos e nos beijávamos docemente. Nosso desejo se traduzia como o
de qualquer par apaixonado, em relações sexuais ternas e saudáveis. No
entanto, numa manhã de 1952, fui preso, acusado de comportamento
público impróprio, ou melhor, de atos de indecência nojenta, como me
disseram enquanto me arrastavam para fora de casa. Para evitar anos de
cadeia, aceitei um tratamento com hormônios femininos, isto é, uma
tentativa de castração química. Foi engraçado, o tratamento me fez
crescerem os seios. Fui demitido de alguns postos e já não podia mais
trabalhar com os segredos de Estado e com criptoanálise. Felizmente,
não conseguiram refrear meu comportamento libertário e continuei
estudando, pesquisando e me aventurando em outras áreas como a Física.
Antes de completar meus 42 anos, mais precisamente em 7 de junho de
1954, aconteceu o que eles esperavam. Fui morto, envenenado por
cianeto. Algumas pessoas têm dito que cometi suicídio, mas eu não me
importo, acho até que essa poderia ter sido a saída, porque aqueles
últimos anos foram um pouco difíceis para mim. Puxa, meus trabalhos
estavam indo tão bem, eu tinha tantas idéias.
Fico imaginando daqui do Além que, com um pouco de conhecimento, a
sociedade que me levou à morte poderia facilmente ter me poupado. É
fácil verificar, mesmo naquela época sem o Google, que não existem
relatos de civilizações que não façam referência ao
homossexualismo. Também, os trabalhos de Hamilton em 1914 e de Kempf
em 1917, entre outros, são ricos em apresentar interações homossexuais
entre as mais diversas espécies animais: ratos, coelhos, porcos-espinhos,
cães, gatos, cabritos, bois, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até
leões. É, talvez meu comportamento não seja assim tão antinatural como
queriam me fazer pensar o governo britânico, as autoridades religiosas e a
sociedade em geral. Com um pouco mais de lucidez e informação, talvez
com um kit anti-homofobia distribuído pelo Ministério da Educação da
Inglaterra aos estudantes do segundo grau - aqueles que seriam a próxima
geração pensante -, eu pudesse ter tido um pouco mais de vida e talvez
tivesse contribuído ainda mais com a Ciência. Por fim, ainda reflito sobre
quantas pessoas como eu ainda serão mortas até que o conhecimento
redima a raça humana. Espero que não muito mais, porque já se passaram
quase 60 anos da minha morte.
Com a esperança de nos vermos em breve, despeço-me.
Alan Mathison Turing
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/memoria-postumas-de-alan-mathison-turing
terça-feira, 3 de maio de 2011
Alemanha expulsa líder islâmico por promover homofobia
Expulso por incitar o ódio |
Fonte e foto:http://www.revistaladoa.com.br/website/artigo.asp?cod=1592&idi=1&moe=84&id=17828
Meu comentário
Que coisa das mais ultrapassadas essa velharia chamada Alcorão,,.arghh
segunda-feira, 2 de maio de 2011
STF decide se união homoaefetiva é entidade familiar
Como o Congresso Nacional anda a passos de tartaruga, o Judiciário, também lento, está se adiantando
Nestes dias será decidido, pelo STF, a questão da união homoafetiva como entidade familiar
Para ler clique aqui
Do twitter do deputado federal Jean Willis, por ocasião da aprovação da união homoafetiva pelo STF:
Um pastor deputado disse que decisão do STF é "começo da decadência mora"l. Não é não! Decadência é explorar comercialmente a fé dos pobres.
Nestes dias será decidido, pelo STF, a questão da união homoafetiva como entidade familiar
Para ler clique aqui
Do twitter do deputado federal Jean Willis, por ocasião da aprovação da união homoafetiva pelo STF:
Um pastor deputado disse que decisão do STF é "começo da decadência mora"l. Não é não! Decadência é explorar comercialmente a fé dos pobres.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Homossexual, no Brasil, é cidadão de segunda classe
Por Eduardo Guimarães, em seu blog
Na noite da última quarta-feira, o SBT, após veicular a novela que vem esquentando o debate político no país por versar sobre um tabu, os crimes da ditadura militar, inovou mais uma vez apresentando um programa sobre a situação dos homossexuais no Brasil. Analisando o que foi mostrado, não se pode deixar de reconhecer que eles são cidadãos de segunda classe.
Se você chegou ao segundo parágrafo deste texto é porque, como o seu autor, preocupa-se com os direitos civis das minorias por entender que respeitá-los é preservar os direitos de todos, pois todos podemos ser minoria em algum momento de nossas vidas, seja do ponto de vista político, religioso, social, econômico etc. Assim sendo, vale interromper a leitura deste post para assistir ao programa do SBT clicando aqui.
O programa do SBT mostra um casal de atores interpretando homossexuais em uma rua movimentada de São Paulo. Notem que os rapazes meramente demonstram afeto um pelo outro – seguram-se as mãos e se abraçam contidamente. Não estão fazendo nada mais do que qualquer casal heterossexual faz o tempo todo na via pública sem ter qualquer problema.
As reações vêm de todas as partes. No começo, são apenas gracejos e insultos. Em seguida, são “ordens” para que se “contenham”. Finalmente, começa uma agressão física – atiram um objeto pesado na direção da cabeça de um dos “homossexuais” que não o atinge, mas passa perto.
Se um negro começar a ser ofendido pela cor da sua pele, quem ofender pode ser preso em flagrante ou denunciado à polícia. A lei 7.716/89, conhecida como Lei Caó, pune criminalmente a discriminação racial. Com os homossexuais não acontece a mesma coisa. Podem insultá-los à vontade em plena via pública e não acontecerá nada.
Aliás, há casos de homossexuais constrangidos pela polícia por trocarem um simples beijo. Na USP, há alguns anos, duas garotas foram expulsas por policiais de um local interno da universidade simplesmente porque deram um beijo de “selinho”.
Não é proibido ser homossexual. O que a lei veda é “atentado ao pudor” por prática de atos sexuais em público. Ponto. Um beijo discreto na boca não é um abuso, é normal. Milhões de casais heterossexuais trocam “selinhos” todo o tempo e nada lhes acontece. Se homossexuais fizerem isso, correm enorme risco de ser constrangidos até pela polícia, sem falar na violência.
Se você assistiu aos vídeos, ouviu o apresentador homossexual de TV Leão Lobo dizer que não pediu para ser homossexual, mas que nasceu assim. Mas viu, também, os homofóbicos mascarados dizerem o contrário, que os homossexuais “escolheriam” ser o que são.
É uma tremenda bobagem. A expressão orientação sexual é a única apropriada para se referir ao comportamento do homossexual. Preferência ou opção sexual são termos que não servem porque a ciência vem demonstrando fartamente que gostar do sexo oposto, do mesmo sexo ou de ambos os sexos não é escolha, é instinto.
A orientação sexual não-heterossexual foi removida da lista de doenças mentais dos EUA em 1973 e do CID 10 (Classificação Internacional de Doenças), editado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em 1993. Um instituto sueco, por exemplo, comprovou que o cérebro de um homossexual masculino se assemelha ao de uma mulher. A pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Antes de tudo, como se vê, a homofobia é produto da ignorância gerada pela falta de ensino pelas escolas do que são as variações de orientação sexual dos seres vivos, pois mamíferos irracionais também apresentam comportamento bissexual.
Legalmente, portanto, os homossexuais têm menos direitos. Apesar de haver projetos no Congresso propondo para os casais homossexuais os mesmos direitos que os dos casais heterossexuais, tais projetos estão emperrados porque os políticos temem a profunda homofobia em que está mergulhada parte da sociedade brasileira.
Os países mais civilizados do mundo, no norte da Europa, aboliram todas as desvantagens cidadãs dos homossexuais. Nesses países, as escolas já vão, desde cedo, ensinando as crianças sobre o que é a homossexualidade e ensinando-as a conviverem com as diferenças. E não há um só relato de que alguma dessas crianças tenha se tornado homossexual por causa disso.
O que mais choca no programa, no entanto, são os brutamontes homofóbicos e mascarados aludirem a “Deus” ao justificarem seus comportamentos brutais, desumanos e, aliás, anticristãos, pois o cristianismo – ou qualquer outra crença – jamais admitiu o uso da violência de um ser humano contra outro por causa nenhuma.
Todo homofóbico afirma que não quer violência contra os homossexuais, mas se dois rapazes ou duas moças dão um “selinho” na via pública e a multidão começa a apupá-los, está simplesmente dando a senha para atos de violência, que, como mostram os vídeos do programa do SBT, não tarda a decorrer desses apupos.
A Constituição de 1988, em vigor, proíbe qualquer forma de discriminação. Define como “objetivo fundamental da República (art. 3º, IV) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação”. A expressão “quaisquer outras formas” refere-se a todas as formas de discriminação não mencionadas explicitamente no artigo, tais como a orientação sexual.
O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, atualmente em tramitação no Congresso, propõe a criminalização dos preconceitos motivados pela orientação sexual e pela identidade de gênero, equiparando-os aos demais preconceitos já objetos da Lei 7716/89, que criminaliza o racismo. Esse projeto foi iniciado na Câmara dos Deputados em 2001 e até hoje está parado.
Segundo pesquisa telefônica conduzida pelo Data Senado em 2008 com 1.120 pessoas em diversas capitais, 70% dos entrevistados declararam-se a favor da criminalização da homofobia no Brasil. A aprovação é ampla em quase todos os segmentos, no corte por região, sexo e idade. Mesmo o corte por religião mostra uma aprovação de 54% entre os evangélicos, 70% entre os católicos e adeptos de outras religiões e 79% dos ateus.
Apesar disso, o Brasil ainda é um país em que persiste uma mentalidade medieval que decorre de um sistema de ensino atrasado e que, assim, produz aberrações como a criação de cidadãos de segunda classe, os quais têm que cumprir todas as obrigações dos cidadãos de primeira classe apesar de terem bem menos direitos.
http://www.blogcidadania.com.br/2011/04/homossexual-no-brasil-e-cidadao-de-segunda-classe/
Meu comentário ao texto
As chacotas começam desde cedo, casos de humilhação e violencia na escola, no trabalho, inclusive a esquerda é temerosa e tem tabus quanto ao assunto, tanto que este texto deveria ter sido mais comentado, o que fica evidente é que também o silêncio diante da violência é uma concordância com ela, por omissão. Se não chamo a polícia nem reajo quando vejo um ato de ódio estou fazendo o que senão concordando por omissão.
É de uma bestialidade sem tamanho parlamentares e lideranças religiosas serem contra se tornar crime humilhar, agredir fisicamente ou mesmo assassinar um cidadão por causa da sua sexualidade, e olhe lá que a lei não seria suficiente para que os Bolsonaros parem, no entanto seria pelo menos uma forma de se apontar que, o que eles(homóbicos) fazem pode resultar em punição, como já ocorre com os negros e mulheres.
Interessante se notar que o Brasil, país laico, está ficando prá trás nesta questão, quando da aprovação da Lei do Divórcio as Igrejas juraram que o mundo iria acabar, no entanto...
Sobre o documentário da história de Ney Matogrosso:
"A história começa com um homossexual sendo vaiado por toda a rua na cidadezinha de Bela Vista, em Mato Grosso do Sul. Ney, criança, via aquilo horrorizado. Quando começou a sentir por homens aquilo que aprendeu que um homem só deveria sentir por mulheres, ficou preocupado. Não queria ser aquela pobre alma de Bela Vista. Se quisesse ser respeitado, teria de bater o pé. E ele bateu."
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110129/not_imp672498,0.php
Na noite da última quarta-feira, o SBT, após veicular a novela que vem esquentando o debate político no país por versar sobre um tabu, os crimes da ditadura militar, inovou mais uma vez apresentando um programa sobre a situação dos homossexuais no Brasil. Analisando o que foi mostrado, não se pode deixar de reconhecer que eles são cidadãos de segunda classe.
Se você chegou ao segundo parágrafo deste texto é porque, como o seu autor, preocupa-se com os direitos civis das minorias por entender que respeitá-los é preservar os direitos de todos, pois todos podemos ser minoria em algum momento de nossas vidas, seja do ponto de vista político, religioso, social, econômico etc. Assim sendo, vale interromper a leitura deste post para assistir ao programa do SBT clicando aqui.
Em seguida, peço que volte a este texto, pois tenho muito mais a lhe dizer.Se voltou, é porque está levando a sério este assunto. Então, ainda que lhe pareça que há pouco a acrescentar após as cenas às quais acaba de assistir, garanto que há muito a dizer, ainda. Em primeiro lugar, há que informar que não existe nenhuma isenção de impostos para homossexuais – eles pagam todos os impostos que pagam os heterossexuais, mas não têm os mesmos direitos.
O programa do SBT mostra um casal de atores interpretando homossexuais em uma rua movimentada de São Paulo. Notem que os rapazes meramente demonstram afeto um pelo outro – seguram-se as mãos e se abraçam contidamente. Não estão fazendo nada mais do que qualquer casal heterossexual faz o tempo todo na via pública sem ter qualquer problema.
As reações vêm de todas as partes. No começo, são apenas gracejos e insultos. Em seguida, são “ordens” para que se “contenham”. Finalmente, começa uma agressão física – atiram um objeto pesado na direção da cabeça de um dos “homossexuais” que não o atinge, mas passa perto.
Se um negro começar a ser ofendido pela cor da sua pele, quem ofender pode ser preso em flagrante ou denunciado à polícia. A lei 7.716/89, conhecida como Lei Caó, pune criminalmente a discriminação racial. Com os homossexuais não acontece a mesma coisa. Podem insultá-los à vontade em plena via pública e não acontecerá nada.
Aliás, há casos de homossexuais constrangidos pela polícia por trocarem um simples beijo. Na USP, há alguns anos, duas garotas foram expulsas por policiais de um local interno da universidade simplesmente porque deram um beijo de “selinho”.
Não é proibido ser homossexual. O que a lei veda é “atentado ao pudor” por prática de atos sexuais em público. Ponto. Um beijo discreto na boca não é um abuso, é normal. Milhões de casais heterossexuais trocam “selinhos” todo o tempo e nada lhes acontece. Se homossexuais fizerem isso, correm enorme risco de ser constrangidos até pela polícia, sem falar na violência.
Se você assistiu aos vídeos, ouviu o apresentador homossexual de TV Leão Lobo dizer que não pediu para ser homossexual, mas que nasceu assim. Mas viu, também, os homofóbicos mascarados dizerem o contrário, que os homossexuais “escolheriam” ser o que são.
É uma tremenda bobagem. A expressão orientação sexual é a única apropriada para se referir ao comportamento do homossexual. Preferência ou opção sexual são termos que não servem porque a ciência vem demonstrando fartamente que gostar do sexo oposto, do mesmo sexo ou de ambos os sexos não é escolha, é instinto.
A orientação sexual não-heterossexual foi removida da lista de doenças mentais dos EUA em 1973 e do CID 10 (Classificação Internacional de Doenças), editado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em 1993. Um instituto sueco, por exemplo, comprovou que o cérebro de um homossexual masculino se assemelha ao de uma mulher. A pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Antes de tudo, como se vê, a homofobia é produto da ignorância gerada pela falta de ensino pelas escolas do que são as variações de orientação sexual dos seres vivos, pois mamíferos irracionais também apresentam comportamento bissexual.
Legalmente, portanto, os homossexuais têm menos direitos. Apesar de haver projetos no Congresso propondo para os casais homossexuais os mesmos direitos que os dos casais heterossexuais, tais projetos estão emperrados porque os políticos temem a profunda homofobia em que está mergulhada parte da sociedade brasileira.
Os países mais civilizados do mundo, no norte da Europa, aboliram todas as desvantagens cidadãs dos homossexuais. Nesses países, as escolas já vão, desde cedo, ensinando as crianças sobre o que é a homossexualidade e ensinando-as a conviverem com as diferenças. E não há um só relato de que alguma dessas crianças tenha se tornado homossexual por causa disso.
O que mais choca no programa, no entanto, são os brutamontes homofóbicos e mascarados aludirem a “Deus” ao justificarem seus comportamentos brutais, desumanos e, aliás, anticristãos, pois o cristianismo – ou qualquer outra crença – jamais admitiu o uso da violência de um ser humano contra outro por causa nenhuma.
Todo homofóbico afirma que não quer violência contra os homossexuais, mas se dois rapazes ou duas moças dão um “selinho” na via pública e a multidão começa a apupá-los, está simplesmente dando a senha para atos de violência, que, como mostram os vídeos do programa do SBT, não tarda a decorrer desses apupos.
A Constituição de 1988, em vigor, proíbe qualquer forma de discriminação. Define como “objetivo fundamental da República (art. 3º, IV) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação”. A expressão “quaisquer outras formas” refere-se a todas as formas de discriminação não mencionadas explicitamente no artigo, tais como a orientação sexual.
O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, atualmente em tramitação no Congresso, propõe a criminalização dos preconceitos motivados pela orientação sexual e pela identidade de gênero, equiparando-os aos demais preconceitos já objetos da Lei 7716/89, que criminaliza o racismo. Esse projeto foi iniciado na Câmara dos Deputados em 2001 e até hoje está parado.
Segundo pesquisa telefônica conduzida pelo Data Senado em 2008 com 1.120 pessoas em diversas capitais, 70% dos entrevistados declararam-se a favor da criminalização da homofobia no Brasil. A aprovação é ampla em quase todos os segmentos, no corte por região, sexo e idade. Mesmo o corte por religião mostra uma aprovação de 54% entre os evangélicos, 70% entre os católicos e adeptos de outras religiões e 79% dos ateus.
Apesar disso, o Brasil ainda é um país em que persiste uma mentalidade medieval que decorre de um sistema de ensino atrasado e que, assim, produz aberrações como a criação de cidadãos de segunda classe, os quais têm que cumprir todas as obrigações dos cidadãos de primeira classe apesar de terem bem menos direitos.
http://www.blogcidadania.com.br/2011/04/homossexual-no-brasil-e-cidadao-de-segunda-classe/
Meu comentário ao texto
As chacotas começam desde cedo, casos de humilhação e violencia na escola, no trabalho, inclusive a esquerda é temerosa e tem tabus quanto ao assunto, tanto que este texto deveria ter sido mais comentado, o que fica evidente é que também o silêncio diante da violência é uma concordância com ela, por omissão. Se não chamo a polícia nem reajo quando vejo um ato de ódio estou fazendo o que senão concordando por omissão.
É de uma bestialidade sem tamanho parlamentares e lideranças religiosas serem contra se tornar crime humilhar, agredir fisicamente ou mesmo assassinar um cidadão por causa da sua sexualidade, e olhe lá que a lei não seria suficiente para que os Bolsonaros parem, no entanto seria pelo menos uma forma de se apontar que, o que eles(homóbicos) fazem pode resultar em punição, como já ocorre com os negros e mulheres.
Interessante se notar que o Brasil, país laico, está ficando prá trás nesta questão, quando da aprovação da Lei do Divórcio as Igrejas juraram que o mundo iria acabar, no entanto...
Sobre o documentário da história de Ney Matogrosso:
"A história começa com um homossexual sendo vaiado por toda a rua na cidadezinha de Bela Vista, em Mato Grosso do Sul. Ney, criança, via aquilo horrorizado. Quando começou a sentir por homens aquilo que aprendeu que um homem só deveria sentir por mulheres, ficou preocupado. Não queria ser aquela pobre alma de Bela Vista. Se quisesse ser respeitado, teria de bater o pé. E ele bateu."
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110129/not_imp672498,0.php
domingo, 3 de abril de 2011
Homofobia na escola
Alô MEC e autoridades policiais, flagrante de homofobia na escola
Resumo do Vídeo: Um adolescente homofóbico, seguido por um outro com uma camera na mão procura na escola um adolescente apelidado de "lady Gaga ", na cidade de Gentil Mata , em Alagoas- Brasil . Ao encontrar com o adolescente gay o outro adolescente Homofobico começa a agredi-lo fisicamente e o ameaça verbalmente, na presença de outros alunos/as.
A Imagem é revoltante e encontra-se no You Tube pelo endereço:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-CP6s1MmeIk#at=151
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Isso também:
Leitor desabafa em texto emocionado após ataque homofóbico
Carta ao homofóbico que arrancou meu sangue
Leitor desabafa em texto emocionado após ataque homofóbico
Por: Alexandre Pereira
Caro homofóbico,
Suponho que agora, depois de ter me surrado, você esteja um pouquinho mais feliz.
Mesmo com dor pelo corpo todo, hematomas, nariz quebrado, sangue coagulado, marcas, costelas quebradas, mesmo sentindo toda a dor do mundo por ter sido espancado covardemente por você, fico feliz que tenha tido o poder imenso de te fazer um pouquinho mais feliz, ao menos, enquanto a surra durou.
Você pode me bater, me socar, xingar, tirar meu sangue, até me matar, mas, tenha a certeza de que aquela sementinha que você queria arrancar e tornar-me igual a você, continua aqui, intacta. Ainda continuarei te assombrando com o meu rebolado, com as minhas roupas chamativas, com o fato de eu amar e sentir tesão por outro homem, de cometer o crime inafiançável de andar de mãos dadas com outro homem no meio da rua.
Sabe essa felicidade que você viu estampada no meu rosto e que quis arrancar com socos e pontapés? Pois é, felizmente, ela continua aqui e não vai a lugar algum. Depois que a dor passar, que os ossos sararem, que meu medo cessar, vou continuar sendo gay, feliz, completo, e você?
Aqueles minutos em que me bateu já passaram e com eles o sentimento de poder e invencibilidade se foram também, não é? Agora você voltou a se sentir o lixo que você é, voltou a sentir o vazio que te consome as entranhas, voltou a engolir todos aqueles sentimentos que você teima em esconder, não é?
Ao me bater você se sentiu poderoso, homem com H maiúsculo, forte, machão, invencível. E agora, como voltar a ter essa sensação de novo? Bater em mais alguém? Pode até ser, mas e depois? Vai ficar batendo nas pessoas a sua vida inteira para se sentir bem consigo mesmo? Que vida triste essa sua. Prefiro a minha, aposto na minha – o sangue para de correr, a dor passa, mas esse vazio que você sente aí dentro vai passar? Pode ter a certeza que não. Ao me recuperar consegui pensar em muita coisa. Qual o real motivo de você ter me surrado?
Eu estava apenas andando na rua, com minhas roupas chamativas, com meu cabelo diferente, com um jeito de andar diferente. Por que você me escolheu para descarregar todas as suas frustrações por meio da violência? O que passou na sua cabeça quando você parou, me olhou, analisou, percebeu que eu era diferente de você e, simplesmente, resolveu me bater? O que você queria matar em mim? Minha sexualidade? E por que ela incomoda tanto a você? Eu sequer percebi a sua presença, não pode usar da desculpa que eu dei em cima de você, feri a sua masculinidade te olhando com olhos de desejo.
Será que feri o seu orgulho de macho apenas por ser quem eu sou? Será que você gostaria de se libertar de todas essas amarras com as quais cerceou a sua vida e ser igualzinho a mim? Eu daria tudo para saber o que se passou na sua mente nesses segundos antes de tomar a decisão. Será que nos seus pensamentos, nos seus mais loucos devaneios, você realmente achou que me batendo mataria em mim o gay que eu sou? Não vê que assim, você me dá mais poder do que eu jamais pensei que teria? Eu só posso ser muito especial a ponto de você se incomodar tanto e querer me machucar. Será que eu tenho alguma coisa realmente muito poderosa que você quer tão ardentemente arrancar de mim?
Fiquei divagando, e se eu usar essa coisa que você tanto quer a meu favor? Que puta poder eu teria, então.
Imaginou se todos os gays do mundo (e olha que são muitos, pode acreditar) usassem esse poder, essa coisa especial, a seu favor? Seria uma revolução. Você já pensou nisso, não seria melhor, então, nos deixar ser quem somos do que nos dar tanto poder? Em todas as guerras que já aconteceram ao longo da história da humanidade, os povos se matavam porque queriam alguma coisa que estava em posse do ‘inimigo’.
E quando essa ‘coisa’ passava de um povo para o outro, ele não se fortalecia e virava uma potência? É isso que você quer? Pegar a minha sexualidade para si e, assim, sentir-se completo e fortalecido? Imagina se todos os gays que já foram vítima de algum tipo de preconceito entendessem que sofreram essa retaliação porque têm em sua sexualidade um poder imensurável? Como seria? Certamente iríamos lutar de volta, mas sem a violência, porque somos seres humanos e não monstros boçais. Aí a história seria outra.
Eu percebi isso, que toda a sua violência foi em vão, porque estou mais forte, mais confiante. O que você quer, afinal, que eu me intimide, fique com medo de apanhar de novo e pare de usar roupas chamativas, de andar de mãos dadas com meu namorado, de beijar a pessoa que eu amo, de amar outro homem, e me transforme em você? Uma pessoa fria, infeliz, que passa pela vida apenas por passar, sem grandes ambições, a não ser bater e acabar com tudo aquilo que o lembre de toda a sua mediocridade?
Não, muito obrigado, a vida é curta e eu quero mais é viver, ser feliz, aproveitar cada segundo que me resta como se fosse o último, não tenho tempo a perder com idiotices, covardia, intolerância e mediocridade. Você arrancou o meu sangue, mas deixou marcado na minha alma algo muito mais profundo e importante: ser quem eu sou, aceitar quem eu sou e a minha verdade, é uma arma muito poderosa. E se isso te incomoda tanto, desculpe, eu não tenho nada a ver com isso, afinal, nem te conheço. Podem dizer o contrário, mas eu sei que vou para o céu.
Afinal, qual o meu crime? Amar, simplesmente. E o seu?
Se as igrejas e as religiões acham que isso é adorar Deus, incitar o ódio contra as diferenças, desculpe, mas isso não é para mim e não deveria ser para ninguém que é humano e tenha alguma noção de humanidade. Você tem todo o direito de não me aceitar, de achar que o que eu faço é errado, que eu vou queimar no fogo do inferno, mas daí a partir para violência? Quem será que está errado nessa história? Quem é você para me julgar? Antes de me apontar o dedo, por que você não se olha no espelho e repensa tudo que faz de errado? Obrigado pelos hematomas. Eles se tornarão cicatrizes de uma guerra que você acha que ganhou. O que você fez, realmente? Me bateu covardemente no meio da rua.
E eu? Ganhei mais força para me obrigar a ser feliz. E, enquanto eu for feliz, com minha coragem e minhas marcas da batalha, você continuará atolado na merda em que você afundou a sua vida e onde enterrou todas as suas chances de ser um pouco menos infeliz.
Quem ganhou, afinal?
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A sociedade precisa ver em filmes como deveria agir diante da questão. Precisa de uma abordagem educativa que mostre um contexto perto do ideal, onde queremos chegar.
De nada dianta ficar mostrando o que todos estão cansados de ver/saber, o que acontece diariamente. O povo precisa ser ensinado, necessita assimilar a conduta correta diante do tema, que é SIM se chegar a um contexto que tenha o amor ao centro e que se distancie da ideia de promiscuidade, que os preconceituosos apreciam atribuir ao homossexuais. Basta visitar os moteis pelo Brasil a fora, e se verá com muita facilidade que heteros serão a maioria, transando com a vizinha, com a amiga, com a empregada. Ou seja, o conceito de hipersexuado não passa de uma invenção hipócrita, pois esse comportamento pode (ou não) ser vericado em pessoas com as ambas orientações sexuais. Abaixo a intolerância!